O fim do projeto

Podem ser listados vários motivos. Podem ser citados alguns culpados por lances isolados, como Cris e Vargas, mas, dentre eles há um principal, alguém em que a torcida do Grêmio pode colocar toda, ou quase toda, culpa pela eliminação em uma Libertadores na qual chegar na final era questão de tempo. Pelo elenco montado, pela motivação do novo estádio e pela tradição do tricolor na competição continental, o Grêmio era favorito para conquistar o tricampeonato. E a somar com estes fatores, tinha um treinador com uma carreira recheada de títulos, que ganhou tudo, menos a Libertadores. E é este o grande culpado pela precoce eliminação gremista na competição sul-americana: Vanderlei Luxemburgo.
É extremamente comum no futebol culpar o treinador por uma derrota. Afinal, é muito mais fácil culpar um do que onze. Mas não é o caso do Grêmio. É visível, e a grande maioria da torcida compartilha da opinião de que Luxa é o culpado pela péssima temporada que o Grêmio vem fazendo nesse ano. O projeto de Vanderlei fracassou por diversas vezes, como em dois Gauchões, uma Copa do Brasil, uma Sul-Americana e teve o pior de seus fracassos na eliminação de ontem pela Libertadores da América. O insucesso da passagem de Luxemburgo no tricolor tem vários motivos, como eliminações "planejadas" no campeonato estadual, jogadores mal escalados e jogadores que não deviam nem estar no elenco do Grêmio, que foram pedido do treinador. 
Não foi apenas ontem que o Grêmio não jogou bem, isso vinha acontecendo desde o primeiro jogo do ano, contra a LDU, as exceções dos jogos contra Fluminense, no Rio, e Caracas, em Porto Alegre. Algumas vitórias aconteceram, mas sem convencer o torcedor, que já não se mostrava satisfeito com o futebol apresentado na temporada, e sempre desconfiou no trabalho de Luxemburgo. Era questão de tempo que o fracasso viesse. Era visto que o Grêmio não conquistaria o tri da América neste ano, apesar do elenco montado, da Arena e da presidência do vitorioso Fábio Koff, a torcida não tinha confiança no seu treinador. 
Desde o apito final do jogo de ontem, a saída de Luxemburgo vem sendo cada vez mais especulada, e essa saída deve acontecer o quanto antes, para o bem do Grêmio. Existem dois nomes muito fortes e citados pela torcida, ambos seriam boas escolhas para comandar o Grêmio, já chegaram a final de Libertadores e são ídolos do tricolor, são eles Renato Portaluppi (dispensa apresentações) e Mano Menezes, que levou o Grêmio à final da Libertadores com um time inferior, no papel, mas com muita raça. Particularmente, eu contrataria o Mano Menezes. E ainda há um outro nome citado pelas notícias e por alguns torcedores, que é muito conhecido por Grêmio e Internacional e que, ao contrário de Luxemburgo, já foi campeão da Libertadores... Celso Roth.

Seleção do Gauchão

Primeiramente, parabenizar o desempenho notável de algumas equipes como o vice-campeão geral Lajeadense e o vice-campeão da Taça Farroupilha Juventude, e principalmente do tricampeão Internacional.  A lamentar os graves erros de arbitragem em momentos decisivos e a baixa presença da torcida durante o campeonato todo. O título de campeão do interior, conquistado pelo São Luiz de Ijuí também merece ser lembrado. Deixado de lado pelo Grêmio em função da disputa da Libertadores, o Gauchão teve o Internacional como seu favorito absoluto. Porém, a conquista do estadual não foi tão fácil para os colorados que enfrentaram grandes dificuldades contra forças do interior. O Juventude foi o que mais chegou perto de evitar o triunfo do Internacional, porém, chegou a ser prejudicado pela arbitragem na final do segundo turno e perdeu nos pênaltis. O Caxias não teve o mesmo desempenho que mostrou nos anos anteriores, como quando chegou a ser vice-campeão em 2012. O Lajeadense foi, merecidamente, o vice-campeão do Rio Grande, foi uma equipe muito regular e por pouco não foi mais longe no campeonato, mas garantiu vagas na Copa do Brasil de 2014 e na Série D do Campeonato Brasileiro em 2013. São Luiz, vice-campeão da Taça Piratini e campeão do interior, e Veranópolis também fizeram boas campanhas.
Enfim, minha seleção do Campeonato Gaúcho de 2013 é: João Ricardo (Veranópolis), Gabriel (Internacional), Rafael Pereira (Juventude), Gabriel (Lajeadense/Grêmio) e Márcio Goiano (Lajeadense); Fabrício (Juventude), Fernando (Grêmio), Zé Roberto (Grêmio), D'Alessandro (Internacional); Forlán (Internacional) e Zulu (Juventude).
Técnico: Flávio Campos (Lajeadense)
Revelação: Gabriel (Lajeadense/Grêmio)
Craque: D'Alessandro (Internacional)
Artilheiro: Forlán (Internacional)
Árbitro: nenhum.

Até o Gauchão 2014.

Com cara de Grêmio

Começou tudo muito bem, mas, um erro no meio do caminho quase colocou tudo a perder. Foi então que o Grêmio mostrou quem é, e conquistou uma vitória na superação, com a garra que se deve jogar uma Libertadores. Assim como contra a LDU, a Arena estava sintonizada com o time e jogou junto.
O tricolor teve a iniciativa e jogou querendo vencer desde o início do jogo. Pecou em algumas finalizações ou então no último passe. Mas, teve muitos pontos positivos. A muito boa atuação de Vargas, que a cada joga se aproxima mais de suas apresentações pela seleção do Chile. A volta de Elano, sempre levando perigo nas bolas paradas. A garra de Souza e Fernando. E também é de se destacar as atuações muito seguras dos jovens Bressan e Alex Telles, este último, tendo sua atuação coroada pelo cruzamento perfeito no gol marcado por Vargas. As exceções foram a atuação apagada de André Santos como meio-campo, e o péssimo jogo que fez o zagueiro Cris.
O placar do jogo não é muito favorável ao Grêmio, não encaminha uma classificação. Mas há motivos para otimismo. O Grêmio começa a aprender que a Arena é sua nova casa, e a torcida também está entendendo isso. A equipe do Santa Fé é bem limitado. E no jogo de volta, o Grêmio terá Zé Roberto, ao lado de Elano, que juntamente com Fernando e Souza formam o meio de campo ideal do tricolor. A vaga nas quartas de final não está encaminhada, mas está mais perto de ficar com o Grêmio do que com os colombianos. Outro aspecto favorável foi a quebra da sequência de empates que o tricolor vinha passando, e com o gol de um atacante, fato que não vem acontecendo com frequência.
Personificada em Souza, que marcou incansavelmente durante todo o jogo, foi uma vitória digna de Libertadores, com uma certa superioridade técnica, mas, principalmente, foi uma vitória conquistada com muita raça e superação. E não esperamos e não aceitaremos menos do que isso no jogo de volta, em Bogotá, para que enfim o tricolor rume para as quartas de final da competição continental.

Em busca da redenção

O Grêmio vai entrar hoje no gramado na Arena muito pressionado por uma vitória diante do Santa Fé-COL, e não só para encaminhar uma classificação às quartas de final da Libertadores, mas também por que vem de uma eliminação precoce no Gauchão e por que precisa reconquistar a confiança da torcida. 
O momento não é bom, assim como a campanha na competição continental até aqui. Classificado em segundo lugar na fase de grupos e eliminado pelo Juventude no estadual, o tricolor não convenceu ainda na atual temporada e sofre cada vez mais uma grande pressão por parte de sua torcida, que esperava muito mais do grande elenco montado para o ano. Mas, o Grêmio é acostumado a crescer em momentos decisivos, principalmente quando se trata de um mata-mata, como o que começará hoje pela Libertadores. A semana de decisão não começou com notícia muito boas para o jogo desta quarta-feira. A Conmebol puniu o treinador Vanderlei Luxemburgo, o auxiliar técnico Émerson e o zagueiro Douglas Grolli pela confusão no Chile, após o jogo contra o Huachipato, no último dia 18.Com isso, quem fica na beira do campo comandando o Grêmio hoje é o ex-lateral esquerdo Roger. 
Recuperado de lesão, Elano entra na vaga do suspenso Zé Roberto, ao lado de Marco Antônio. Cris, com dores no joelho é dúvida e pode ser substituído por Saimon, que volta de lesão, ou do recém chegado Gabriel, ex-Lajeadense.
Se o momento do Grêmio não é dos melhores, o Santa Fé vive uma situação diferente, motivado pelos bons resultados no campeonato colombiano, o adversário do tricolor assumiu a liderança do campeonato nacional e é o único time invicto na competição continental. Pelo menos até hoje à noite. Os colombianos apostam na ofensividade da equipe para tentar surpreender os gaúchos na Arena, e tem como principal referência o atacante Cristian Borja, ex-Caxias e Internacional.
Apesar dos momentos distintos, o Grêmio conhece muito melhor que o Santa Fé a atmosfera de jogar uma Libertadores, e essa tradição no tricolor é ainda maior em um mata-mata. Os jogadores sabem que estão pressionados por um resultado, e devem estar mais pressionados ainda por uma Arena lotada, empurrando o time em busca da vitória. 
Juntos, a torcida precisa ser aquela que foi contra a LDU e o time jogar como jogou contra o Fluminense, no Rio, e contra o Caracas, em Porto Alegre. Um motivará o outro em busca da vitória e da classificação em busca do tricampeonato da Libertadores que, agora sim, vai começar de verdade.
-
01/05/2013 - 19:30 - Arena do Grêmio, Porto Alegre - RS
Grêmio - Dida, Pará, Cris (Saimon), Bressan e André Santos; Fernando, Souza, Elano e Marco Antônio; Vargas e Barcos. Téc.: Roger Machado
Santa Fé-COL - Varga, Roa, Valdés, Meza e García; Bedoya, Torres e Anchico; Peréz, Borja e Medina. Téc.: Wilson Gutiérrez
Arbitragem: Patrício Loustau (ARG), Diego Bonfa (ARG) e Ivan Nuñez (ARG).